Sempre tive a curiosidade de saber
como os pombos correios “funcionavam”, mas só ontem resolvi pesquisar. É algo
bem mais simples do que eu tinha imaginado, mas não deixa de ser interessante.
Então hoje, em mais uma “Viagem ao país da memória” como dizia Marian
Keyes (adoro ela) no livro Cheio de Charme, fiquei pensando quando foi que
escrevi minha última carta. Surpreendi-me, pois consegui lembrar que foi para
uma amiga minha que não vejo faz muito tempo, e foi em resposta a uma carta que
ela tinha me mandado. Obviamente, faz muitos anos, porque na época eu nem sabia
o que era msn, e celular era algo raro. Lembro como era bom receber as cartas
ou escrevê-las, com várias cores de caneta, uma caprichada a mais na letra,
figurinhas, desenhos, uma infinidade de detalhes que enchiam as bocas de
sorrisos e agradecimentos seguidos por abraços e beijos. A felicidade de quem
dava era ainda maior do que a de quem recebia e a ansiedade para entregar era
enorme. Natal, aniversário, dia do amigo, não importava a data, a disposição
pra escrever estava sempre presente. Claro, eram cartas simples, nada urgentes
ou com assuntos importantes, mas não deixavam de ser grandes lembranças e
considerações. Uma vez fiz várias cartas, não lembro qual a ocasião, para quase
todos os vizinhos, e ainda com balinhas dentro. Fiquei super feliz ao ver que
todo mundo gostou. São coisas boas da infância, que infelizmente, acho eu,
estão se perdendo hoje em dia. Tudo isso nem faz tanto tempo, e quando
paro pra pensar, vejo o quanto as coisas mudaram e a rapidez com que isso
aconteceu. Mas espero que algumas coisas não acabem se perdendo e não fiquem só
no passado.
Ironicamente, momentos de ócio, às vezes, podem ser lucrativos. Afinal, nunca se sabe quando a criatividade resolve passar e dar um olá, e boas ideias podem surgir. E por que não sair um pouco do pensamento e compartilhar aqui? Quem sabe alguém acabe gostando e dê um sorriso ao surgirem aquelas boas, mas talvez vagas lembranças de outros tempos já esquecidos e relembrados por simples palavras, em um dia apenas comum.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Sol, Feriado e Coisas Estranhas
Finalmente o sol resolveu dar as caras! E num dia
tão bonito como hoje, nem parece que choveu por tanto tempo. E para
melhorar ainda mais, é feriado. Tudo bem que está bastante frio, mas não importa,
o dia está lindo. Mas é melhor parar de sempre falar do tempo, porque até eu já
estou ficando enjoada.
Ontem, durante uma conversa com minhas amigas, de alguma forma, não lembro como, acabamos chegando ao assunto sobre notícias
bizarras. É como dizem, a gente morre e não vê tudo. Quando achamos que nada
mais nos surpreenderia, algo sempre consegue se destacar. Confesso que não sou de
ficar vendo notícias, como já disse, mas quando aparece uma foto daquelas a
gente tem que parar pra ver. Um banheiro panorâmico, creio eu, chamaria a
atenção de qualquer um. Sim, os pedestres podem ver quem está usando o banheiro
e ainda tirar fotos. Coitados dos que não sabem que tal façanha é possível e
vão tranquilamente aos sanitários. Pra quem ficou curioso, tá aí a notícia - http://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-internet/banheiro-panor%C3%A2mico-permite-que-pedestres-vejam-quem-est%C3%A1-182353449.html
Já a minha amiga lembrou os casos onde foram encontradas
coisas, que só Deus sabe como foram parar nos alimentos. Um rato no salgadinho,
um dedo no açúcar, camisinha em extrato de tomate. Se tudo é realmente verídico
não sei dizer, mas eu acredito que tudo é possível, principalmente dependendo
do ser humano. Com certeza, há muitos outros e piores casos, mas às vezes é bom
nem ficar sabendo. Melhor relaxar, aproveitar o feriado e apenas esperar que
isso não aconteça com a gente.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Quanto Mais Simplicidade, Melhor o Nascer do Dia
O sino da velha Igreja anunciava
10 horas, mas naquela manhã, seu costumeiro badalar era abafado pelos trovões,
que soavam ainda mais fortes com o eco provocado pelas montanhas que cercavam a
pequena cidade. Aos poucos, as trovoadas foram diminuindo e a chuva tomando seu
lugar, acalmando o céu e os corações que se assustavam com sua fúria. Contudo,
o dia tempestuoso não conseguia estragar a beleza peculiar da cidade, que mesmo
sob a chuva parecia manter seu charme de cidade cinematográfica, apesar de não
sê-la.
Tranquilo, com moradores simples e uma paisagem bucólica, o
pequeno lugar, fazia um modesto convite para visitar cada canto seu, parecendo
todos envolverem alguma história interessante. A modernidade já havia dado seu
toque, mas a praça, a Igreja de pedra e grande parte do ambiente ainda
lembravam tempos mais antigos e uma cultura marcante.
A semana toda fora chuvosa, seria
ilusão esperar que naquele dia fosse diferente. Mas, longe de tudo, uma nostalgia
começa a invadir, devagarzinho, adocicando qualquer alma que lá se encontrasse,
ao ouvir o som da água correndo no riacho ali perto, folhas balançando com o
vento e ver natureza na sua perfeita harmonia, fazendo o que sabe de melhor:
impressionar com sua simplicidade, beleza e magnitude. Ah como o homem é pequeno
nesse mundo de tantas e curiosas formas de vida.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Gripe e Resfriado
Não costumo ler jornais, nem gosto. Mas como não havia, novamente, nada
para fazer e uma pilha deles estava sobre uma mesa pela qual eu passava,
resolvi folhear um. E logo nas primeiras páginas, encontro um assunto sobre
exatamente o estado em que me encontro: gripada, ou melhor, resfriada.
Intitulado "Xô, gripe e resfriado!", me fez perceber que nunca parei
pra pensar na diferença entre os dois, sequer se há alguma grande diferença.
Talvez com isso eu pareça tola, mas é sempre hora de aprender algo novo. Mais
embaixo se encontrava em destaque a pergunta "Qual a diferença entre gripe
e resfriado?" A segunda frase me surpreendeu. "A principal diferença
é que a gripe pode matar e o resfriado, no máximo, pode deixar a pessoa com dor
generalizada." No mais, conta que os sintomas iniciais são semelhantes,
mas na gripe vão se agravando, debilitando o sistema imunológico podendo causar
sérios problemas. Já o resfriado nem deixa a pessoa de cama.
Nada melhor do que uma boa coincidência pra fazer a gente parar e ler um
pouco mais.
*Jornal Univates
*Texto: Ana Paula Vieira Labres
Mais Um Fruto do Tédio
O texto é meio vago mas talvez, para minha felicidade, alguém goste. De defeitos provavelmente deve estar cheio. Mas o que vale é a intenção, e a inspiração só Deus sabe de onde vem, mas assim como chega, logo desaparece. Agradeço pela paciência de quem ler até o final.
Ela
espera a ligação. Fica esperando, mesmo que seja apenas uma mensagem de texto,
mas espera. Sabe que não deveria, sabe que é maluquice, mas contra toda sua
vontade, espera. No fim, se dá conta de que realmente deseja que a luzinha do
seu celular pisque, ou que saia qualquer som, mesmo que um grunhido, daquela
caixinha, que olha com tanto remorso, nervosismo, com uma ponta de desespero,
ódio e ansiedade. Mas nada.
O
silêncio permanece e a tela continua preta, inerte com seus próprios
pensamentos, reflexos e preocupações, demonstrando uma tranquilidade invejável,
que chega a irritar, pois, ironicamente, parece ser proposital, querendo a desafiar.
De repente olha para o relógio e se dá conta de que o ao mesmo tempo as horas
parecem pular e se arrastar, o que é algo estranho, principalmente quando acaba
percebendo que passou tudo isso mofando em um mesmo lugar a espera de algo que
sabe que não vai acontecer.
Agora
há conversas distantes, ininteligíveis, de vez em quando alguns risos, vidros
quebrando, saltos altos ecoando pelos corredores anunciando antecipadamente a
chegada de mais alguém, portas batendo. Apenas a normalidade, apenas mais um
dia, um pouco mais tedioso, mas apenas mais um dia. Algumas pessoas passam em
frente à porta e entram na sala ao lado, trocando algumas palavras para depois
entrarem em um silêncio esquisito.
Branco,
ou melhor, amarelado, de tanto tempo, já amarelou. Portas, paredes, teto,
quadro, balcões, brancos amarelados. O normal em laboratórios. Uma janela com
uma cortina que a encobre da metade para cima mostra um céu cinza, o que não
agrada muito e faz lembrar o quanto o sol é bom e bonito. Parece que o dia
nublado poderia levar a culpa por toda melancolia e tristeza, mas o coitado é
inocente e está cumprindo apenas o seu dever, distante de todos os pensamentos
que o cercam, seguindo seu próprio rumo, independente da vontade alheia.
O
olhar dela se fixa no quadro, que indica, com várias cores e tipos de letras, a
contra gosto as datas e nomes de vários eventos de iniciação científica, que
dão um tremor profundo em qualquer um que saiba que um dia terá que se
apresentar neles, mesmo que não admita e pareça maduro e preparado. Ao lado
dele fica uma geladeira marrom, que felizmente quebra toda a brancura, muito
velha, que de vez em quando resolve soltar a voz e depois de cansada, volta ao
seu silêncio habitual.
E
de repente, som, alto, assusta, mas sim! O toque indica uma mensagem, com um
volume um pouco elevado, mas não importa. Há histórias engraçadas de se estar
esperando uma mensagem importante durante horas, e o alívio ao ouvir tal som
para depois sofrer com a decepção de ser apenas a operadora informando algo que
você já saiba ou que de nada te importa. Mas dessa vez era ele. Não era a
operadora querendo brincar com seus nervos. A mensagem continha poucas palavras
e apenas respondia a pergunta feita anteriormente. Nada mais. Um pouco
frustrante, mas ao menos, tinha respondido. E na verdade, a dúvida nem era
dela, mas sim da amiga, que já tinha ido pra casa.
Chaves
tintilam ao longe, e, ao lado, as conversas ficam mais animadas e altas com a
chegada de um novo bolsista que está contando uma história engraçada sobre
alguma coisa que não a interessou suficientemente para prestar atenção, o que
na verdade é incomum considerando o tédio em que se encontrava. A ideia de
estar no trabalho e trabalhar menos que em casa ainda é estranha e talvez nunca
deixe de ser, afinal, parece uma ironia. Pensando bem, de ironias a vida está
cheia. Os pensamentos são cortados com um “Valeu gente!” O garoto recém-chegado
sai e se despede enquanto os outros emudecem novamente como se simplesmente nem
estivessem ali, chega a ser um pouco engraçado.
O
celular toca e, antes de olhar, ela já sabia quem era. Mãe.
Um Pouco de Humor e de Química
Pra quem não me conhece, eu faço Química Industrial, estou apenas no segundo semestre, mas já deu pra aprender bastante. Então, nada mais justo que começar o dia e o blog juntando 3 coisas que eu amo: a Química, The Big Bang Theory e uma boa piada ( boa na minha opinião, pois meu senso de humor, de acordo com a opinião geral e como vocês vão acabar vendo é muito estranho).
Momento nerd: a Hidroxila tem como símbolo OH-, e está presente, por exemplo, em bases, como NaOH (Hidróxido de sódio, conhecido também como soda cáustica). Enquanto o H+ que está presente em ácidos como HCl (Ácido clorídrico), é responsável por baixar o pH de uma substância o OH aumenta, dando assim, um caráter básico ao meio.
Curiosidade: A azia ocorre quando há muita acidez (H+), por isso se toma algo álcali para neutralizar os Hidrogênios livres, e, consequentemente, o pH.
Então, hidroxila, hidroxila, hidroxila -> OHOHOH
Cruel Indecisão
Bom, eu vivo atolada em dúvidas. A certeza me parece tão distante, que já nem sei mais como é. E por que aqui seria diferente? A dúvida de qual, e como seria o primeiro post é cruel. Mas aí lembrei de uma poesia, de que gostei muito, do livro "De Amor e de Sonhos" de uma ex-professora minha, Nara Knaack. Não, ela não está ligada ao tema da postagem, mas depois de me lembrar dela, não pude deixar de colocá-la.
Eu e o vento
A noite chegou
Quente, escura
O vento sopra forte, assobia
Mostrando seu gemido de dor
Querendo, quem sabe, consolar
A figura estranha, vazia
Que, ao ouvir e sentir o vento,
Lembra, com saudade, do seu amor
Chora o vento
Choro eu
Escondo no peito
O que o vento não escondeu
Tenho medo, muito medo
Que a dor do vento cresça
E, sem dó nem piedade
Arranque de mim a esperança
Pra curar minha saudade
Olho pela janela
A escuridão se mantém
E retém minha solidão,
Absorve meus pensamentos
Mas ele, pedindo licença,
Viaja pelo tempo
Veio a noite
Veio o vento
E o tempo passa
Acompanhando minha saudade,
Meu lamento,
Meu eu,
Meu tu,
Meu nós,
Tudo vai passando,
E eu continuo aqui a sós
Vem a noite
Vem o dia
O tempo passa
E o vento abraça
Minha fantasia
Chorou o vento
Chorei eu.
Parou o vento
Mas eu continuei
A sentir saudade,
A pensar em ti
A fortalecer-me
Por tudo que contigo já vivi
Sorriu o vento
Sorri também
Pois mesmo distante,
Amamos alguém
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