segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Quanto Mais Simplicidade, Melhor o Nascer do Dia

O sino da velha Igreja anunciava 10 horas, mas naquela manhã, seu costumeiro badalar era abafado pelos trovões, que soavam ainda mais fortes com o eco provocado pelas montanhas que cercavam a pequena cidade. Aos poucos, as trovoadas foram diminuindo e a chuva tomando seu lugar, acalmando o céu e os corações que se assustavam com sua fúria. Contudo, o dia tempestuoso não conseguia estragar a beleza peculiar da cidade, que mesmo sob a chuva parecia manter seu charme de cidade cinematográfica, apesar de não sê-la. 
Tranquilo, com moradores simples e uma paisagem bucólica, o pequeno lugar, fazia um modesto convite para visitar cada canto seu, parecendo todos envolverem alguma história interessante. A modernidade já havia dado seu toque, mas a praça, a Igreja de pedra e grande parte do ambiente ainda lembravam tempos mais antigos e uma cultura marcante.
A semana toda fora chuvosa, seria ilusão esperar que naquele dia fosse diferente. Mas, longe de tudo, uma nostalgia começa a invadir, devagarzinho, adocicando qualquer alma que lá se encontrasse, ao ouvir o som da água correndo no riacho ali perto, folhas balançando com o vento e ver natureza na sua perfeita harmonia, fazendo o que sabe de melhor: impressionar com sua simplicidade, beleza e magnitude. Ah como o homem é pequeno nesse mundo de tantas e curiosas formas de vida. 

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