quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cruel Indecisão

Bom, eu vivo atolada em dúvidas. A certeza me parece tão distante, que já nem sei mais como é. E por que aqui seria diferente? A dúvida de qual, e como seria o primeiro post é cruel. Mas aí lembrei de uma poesia, de que gostei muito, do livro "De Amor e de Sonhos" de uma ex-professora minha, Nara Knaack. Não, ela não está ligada ao tema da postagem, mas depois de me lembrar dela, não pude deixar de colocá-la.  

Eu e o vento

A noite chegou
Quente, escura
O vento sopra forte, assobia
Mostrando seu gemido de dor
Querendo, quem sabe, consolar
A figura estranha, vazia
Que, ao ouvir e sentir o vento,
Lembra, com saudade, do seu amor

Chora o vento
Choro eu
Escondo no peito
O que o vento não escondeu

Tenho medo, muito medo
Que a dor do vento cresça
E, sem dó nem piedade
Arranque de mim a esperança
Pra curar minha saudade

Olho pela janela
A escuridão se mantém
E retém minha solidão,
Absorve meus pensamentos
Mas ele, pedindo licença,
Viaja pelo tempo

Veio a noite
Veio o vento
E o tempo passa
Acompanhando minha saudade,
Meu lamento,
Meu eu,
Meu tu,
Meu nós,
Tudo vai passando,
E eu continuo aqui a sós

Vem a noite
Vem o dia
O tempo passa 
E o vento abraça
Minha fantasia

Chorou o vento
Chorei eu.
Parou o vento
Mas eu continuei
A sentir saudade,
A pensar em ti
A fortalecer-me
Por tudo que contigo já vivi

Sorriu o vento
Sorri também
Pois mesmo distante,
Amamos alguém

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