terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cartas

Sempre tive a curiosidade de saber como os pombos correios “funcionavam”, mas só ontem resolvi pesquisar. É algo bem mais simples do que eu tinha imaginado, mas não deixa de ser interessante. Então hoje, em mais uma “Viagem ao país da memória” como dizia Marian Keyes (adoro ela) no livro Cheio de Charme, fiquei pensando quando foi que escrevi minha última carta. Surpreendi-me, pois consegui lembrar que foi para uma amiga minha que não vejo faz muito tempo, e foi em resposta a uma carta que ela tinha me mandado. Obviamente, faz muitos anos, porque na época eu nem sabia o que era msn, e celular era algo raro. Lembro como era bom receber as cartas ou escrevê-las, com várias cores de caneta, uma caprichada a mais na letra, figurinhas, desenhos, uma infinidade de detalhes que enchiam as bocas de sorrisos e agradecimentos seguidos por abraços e beijos. A felicidade de quem dava era ainda maior do que a de quem recebia e a ansiedade para entregar era enorme. Natal, aniversário, dia do amigo, não importava a data, a disposição pra escrever estava sempre presente. Claro, eram cartas simples, nada urgentes ou com assuntos importantes, mas não deixavam de ser grandes lembranças e considerações. Uma vez fiz várias cartas, não lembro qual a ocasião, para quase todos os vizinhos, e ainda com balinhas dentro. Fiquei super feliz ao ver que todo mundo gostou. São coisas boas da infância, que infelizmente, acho eu, estão se perdendo hoje em dia. Tudo isso nem faz tanto tempo, e quando paro pra pensar, vejo o quanto as coisas mudaram e a rapidez com que isso aconteceu. Mas espero que algumas coisas não acabem se perdendo e não fiquem só no passado. 

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